Uma bela volta por cima, o 14 BIS, provou que veio para ficar. Na verdade, diferente de inúmeros grupos de rock esquecidos na poeira da década de 80, o 14 BIS veio para ficar.
O 14 BIS surgiu num momento em que o mercado carecia de bandas com um som jovem. Naquela época só havia Roupa Nova e A cor do Som. As canções melódicas, originais, com vocais apuradíssimos e a interessante mistura de rock progressivo e a música regional repercutiram não só entre o público, mas também a crítica, que recebeu favoravelmente o trabalho da banda. Em 1980, vender 70 mil cópias de disco, era de fato, uma performance excelente. Nem a saída do líder Flávio Venturini em 1987, abalou a sobrevivência da banda, ainda curtimos “Canção da América”, “Natural”, “Espelho das Águas”, “Linda Juventude”, “Uma velha canção Rock’rol”...sucessos inesquecíveis de Sérgio Magrão, Cláudio Venturini, Vermelho e Hely Rodrigues. É por isso que ainda é sucesso por onde passa e agrada jovens, que nem eram nascidos, há época que nasceu o 14 BIS. Recentemente, o 14 BIS, sacudiu a galera rionovense, na zona da mata mineira, no município e comarca de Rio Novo, por ocasião da XXXVIII Exposição Agropecuária de Rio Novo-MG. A Banda que teve como produtor, Milton Nascimento nos idos de 1979, não poderia ter tido melhor padrinho, de lá prá cá brilhou nos programas mais importantes da TV brasileira da época, Globo de Ouro, Chacrinha, Fantástico, Bolinha dentre outros. A fonte de inspiração da banda foi nada mais nada menos que os Beatles, que com seus arranjos sofisticados, harmonias complexas e um vocal cuidadoso, tiveram fator decisivo para sua formação buscando um som próprio, moderno e de qualidades, realizando um sonho real que não tem mais fim. Uma música alegre e jovem de todos os tempos.
Texto: Neide Galinari
