sexta-feira, 23 de maio de 2008

MOMENTOS DE INDIVIDUALIDADE



“O Amor Pode ainda da Certo? A arte de amar continua, sim, maravilhosa como sempre. Os tempos mudaram, claro, e a maneira de as pessoas se relacionarem também.”

Na opinião de Roberto Schinyashiki e Eliana B. Dumét, sim.

Todos os seres humanos necessitam de momentos somente para si: precisam ter seus passatempos, seus amigos.
Infelizmente, como a maioria dos casais não aprendeu a realiazar isso de maneira construtiva, provocam brigas para conseguir algumas horas ou dias para si, sem ter estabelecido antes uma programação a dois.
O respeito à individualidade é uma virtude que o casal pode desenvolver. Basta ser consciente de que o fato de estar com alguém e de amá-lo não significa que os desejos pessoais foram eliminados.
Não estamos fazendo apologia daquelas pessoas que querem tudo para si, fazem tudo sozinhas e vivem dizendo que o casamento é coisa secundária. Todos necessitamos de momentos só para nós, contanto que não constituam a maior parte de nosso tempo e não nasçam do egoísmo.

O casamento não existe para destruir a liberdade.

Os projetos pessoais, dentro do casamento, devem ser redimensionados e quase sempre recebem um impulso que antes não tinham. Uma coisa é um solteiro pensar em sua profissão. Outra é o casado tornar sua vida profissional uma forma de melhorar a vida de sua família.
Por outro lado, as pessoas continuam tendo sua vida particular. Não se pode estar sempre preocupado porque o marido ou a mulher ficou sozinho em casa, esperando.Não fique aborrecendo seu marido se ele foi visitar os pais enquanto você ficou em casa fazendo os trabalhos da faculdade. Não fique atazanando sua mulher se ela sai com uma amiga e você precisa terminar um relatório.
O amor deve libertar o outro. O casamento visto como uma gaiola de ouro é lindo, mas muito triste. Como disse o mestre indiano Osho, os pássaros que vivem numa gaiola sempre olham para ao céu com muita tristeza, pois o céu faz com que se lembrem de tudo o que poderiam ter sido.
Alguém que vive preso sempre pensará em liberdade, mas alguém que está em liberdade sempre pensará em construir uma relação em que o carinho não se oponha ao sentido do compromisso.
Por isso, num bom início de diálogo para resolver conflitos nesse campo, quando o casal cultiva a verdadeira amizade e o crescimento do outro é um compromisso de ambos, é um dos parceiros perguntar:
“Você se sente livre? O que posso fazer para que você seja mais você mesmo, mais feliz?”
Respeite, valorize a pessoa que você ama.

Um comentário:

gibafilho disse...

Neide, parabéns pela interpretação dos autores q vc está lendo, repassando para seus leitores do blog....assunto delicado...porém necesário...
Muito boa a opinião.

abraços.
gibafilho.